Harry Potter e a Criança Amaldiçoada
Autores: John Tiffany e Jack Thorne (baseado em uma história original de J.K. Rowling)
352 páginas
Editora Rocco

Assim que foi lançado, o oitavo volume de uma das sagas mais amadas do mundo causou estranheza. Não apenas por ter sido lançado em formato de peça (já que ele, de fato, estreou nos teatros londrinos), mas por uma série de motivos que deixaram os fãs bem incomodados. Eu listei pontos importantes da obra que podem ser motivo para ler quanto para não ler (com spoilers bem leves). Vamos lá?
Alvo Severo
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A serenidade no olhar de quem vai bagunçar as coisas. Foto: divulgação |
Ok, não vou esconder que ODEIO esse menino. Mas odeio mesmo, mas também com um nome desses, né. Com os típicos problemas de filho de meio, Alvo sofre por ser muito diferente de Harry e passa o resto do livro se lamentando em como não queria ser filho de um dos bruxos mais famosos da Inglaterra e blablabla. Na verdade, se fosse só isso que ele fizesse, até poderia relevar, mas ele (se achando mais inteligente do que todo mundo) faz uma burrada tão fenomenal que eu até me pergunto se isso saiu mesmo da cabeça de J.K. Rowling. O ponto positivo do garoto, porém, é a sua amizade com o Escórpio Malfoy, filho do Draco, que redime muito a família Malfoy aos nossos olhos (pelo menos aos meus). Além disso, é interessante ver Harry através dos olhos de alguém que não entende a importância dele e o vê com os defeitos de ser humano.
Os furos na história
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Quem ia imaginar esses personagens se reunindo assim? Foto: Manuel Harlan |
Só vou dizer que existe um Vira-Tempo envolvido. A partir daí, várias incongruências envolvendo Poção Polissuco, a esperteza (ou a falta dela) dos personagens mais velhos acontecem, fazendo a gente estranhar porque os livros sempre foram bem amarrados. Quanto a isso, só dá pra defender dizendo que era uma peça teatral e eles precisavam economizar tempo, mas que ficou bem estranho, isso ficou.
A participação de personagens queridos
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Quem tava com saudade das casas de Hogwarts? Foto:Manuel Harlan |
Tem quem não tenha gostado, mas eu amei. Na verdade, foi emocionante. Como é um spoiler muito grande, posso dizer apenas que personagens inesquecíveis visitam a história, por assim dizer, e é muito gratificante matar a saudade deles. Nossa, eu choraria baldes na peça. Mas também devo dizer que senti muito a ausência de alguns personagens (ou pelo menos os filhos deles).
A falta da escrita da J.K. Rowling
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Estação de King´s Cross nunca foi tão temida por alguém. Foto: Manuel Harlan |
Como é o roteiro de uma peça, não vemos a maravilhosa escrita da tia J.K, sendo o roteiro escrito por John Tiffany e Jack Thorne. E isso é MUITO estranho. E talvez isso seja um dos motivos pelo qual esse livro está sendo comparado a uma fanfic. Porque fica realmente difícil desenvolver os personagens daquele universo e explicar algumas situações em escrita de teatro e por mãos que não sejam as da autora. Não tem como não estranhar. É da J.K., mas ao mesmo tempo não é. Para mim, não tem como deixar de ser um ponto negativo.
A nova geração de Potters e Grangers- Weasleys
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Eu queria que Rosa tivesse participado mais. Foto: Manuel Harlan |
Um saco, vou logo dizendo. Embora eu não tenha visto muito, quem parece ser o legal da família Potter é Tiago (sim, Harry coloca um peso muito grande nessas crianças com esses nomes), o mais velho, que se assemelha aos gêmeos Weasley. Alvo dá sono e Lílian nem fala direito. Já os filhos de Rony e Hermione também não ficam atrás na chatice: Rosa é uma versão piorada da Hermione arrogante do primeiro livro e o outro filho nem é mencionado direito. A ÚNICA pessoa que presta nessa nova geração é Escórpio Malfoy, que é fofo, nerd, inseguro e um amigo super leal. Por favor, um livro só dele!
A criança amaldiçoada
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-Há quanto tempo sua cicatriz não dói? - 22 anos. Foto: Manuel Harlan |
Isso foi tão ridículo que o meu cérebro não absorveu a informação e eu já ia esquecendo de escrever aqui. Sério, não dá pra aceitar como algo que poderia ter acontecido. Porque só quem imaginou isso foi quem escreve fanfics malucas unindo personagens improváveis. Origem super non-sense dessa criança, personagem fraquíssimo, clímax decepcionante e a sensação de que você está lendo um livro bem abaixo da qualidade de Harry Potter. Na verdade, esse deve ser o maior motivo por esse livro parecer uma fanfic.
A velha turma unida novamente
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Apenas amor por esses atores. Foto: divulgação |
Essa é a maior motivação para ler o livro. Quando vi a velha turma se unindo novamente (porque obviamente a nova turma não sabe fazer nada direito) para tentar salvar as coisas, meu coração sentiu uma pontadinha de nostalgia. E mesmo sem o Rony e a Gina terem uma participação mais ativa, essa nostalgia permeou durante toda a leitura e inclusive me fez sentir aquela melancolia pós-leitura por ter que me despedir dos personagens novamente.
Então, resumindo, valeu a pena para mim porque é Harry Potter e tal, mas tenho muuuitas ressalvas com a história. Mas confesso que é bom entrar em Hogwarts novamente.
Passando para desejar um maravilhoso 2017 cheio da presença de Deus, paz, amor, alegria e tudo de melhor!
ResponderExcluirBj e fk c Deus
Nana
http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com
A nostalgia é bem vinda, mas ja li fanfictions melhores por exemplo a trilogia Draco que é superior em muitos níveis
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